domingo, outubro 23, 2005

Francisco Louçã

É muito inteligente e culto.
Como Braga de Macedo, um adiantado mental. Filosofia, desporto, política, história, música e pintura.
Fala de improviso sobre tudo e todos, com a certeza absoluta de que todos o compreendem e que só ele tem toda a razão do mundo.
Está convencido de que é um guru, muito acima do povo.
Se fosse um cientista poderia ter feito muito pela humanidade.
Assim não faz nada por ninguém, nem por ele próprio.
Não percebe o povo. No fundo acha que o povo é ignorante e que não o merce a ele, a luza de Portugal. O povo irrita-o e circula entre ele meio incomodado por ter de lhes tocar.
Pensa que a elite vive atrasada e não sabe o que ele sabe.
Espera uma nova revolta dos trabalhadores e poder ser Lenine durante alguns dias.
Na questão do aborto não aceita de modo algum que outros possam poensar doutra maneira.
Imbuído de espírito de missão, é candidato à presidência para, nos minutos de tempo de antena, poder iluminar-nos a todos neste percurso difícil do país, tarefa que carrega nos ombros com denodo e determinação.